No próximo dia 8 de Outubro vai ter lugar no Porto uma marcha contra a Violência Doméstica।
Já estou a ver alguns encolher de ombros e a frase fatal: “Para quê? Não adianta!”. Mas estão enganados – adianta sim.
Adianta manifestarmo-nos contra um crime que por ser perpetrado dentro de portas, silencioso, embaraçoso, sobretudo para a vítima, acaba a maior parte das vezes impune e ignorado.
Não podemos de deixar de manifestar a nossa indignação contra os maus tratos que são no fundo a violência dos mais fortes sobre os mais fracos, os indefesos, os dependentes.
A definição de Violência Doméstica segundo a nossa legislação integra todos os crimes de maus tratos físicos, maus tratos psíquicos, ameaças/coacção, difamação/injúrias, subtracção de menor, violação da obrigação de alimentos, violação, abuso sexual, homicídio e outros em meio doméstico.
Destes só uma ínfima parte chegam ao conhecimento da APAV ( Associação Portuguesa de Apoio à Vitima) , que tem feito um trabalho notável, com a consciência clara da sua impotência face ao muro de silêncio que rodeia estes crimes. Não obstante os números que apresenta relativos ao ano de 2010 são assustadores e devem, sobretudo, envergonhar-nos.
Em 2010 chegaram à APAV 13 866 queixas de violência doméstica., das quais 1198 só no Distrito do Porto. Podemos facilmente concluir que esta é apenas a ponta dum enorme iceberg que se mantém submerso porque ocorre longe dos olhares e do conhecimentos públicos.
A maior parte das ofensas nunca chega a ser denunciadas e mesmo quando o são a intervenção é de tal forma cuidadosa e escrupulosa (coisa que o agressor nega às suas vítimas) que quando acontece é por vezes tarde demais.
É sabido que a violência doméstica não é apenas um crime que comete contra as mulheres ou os menores. O número de homens que ultrapassam o estigma da vergonha de serem eles as vítimas desta situação e que apresentam queixa, tem vindo a crescer.
Situações de crise económica e desemprego, despoletam exponencialmente esta tipologia de crime, o que significa que os números de 2011 serão superiores aos do ano anterior já de si assustadores.
Por isso é que uma marcha, uma manifestação, uma consciencialização, um movimento por esta causa, nunca é demais. Por isso é que no dia sete lá estarei, em plena Avenida dos Aliados a marchar pelo respeito pelo outro, contra a indiferença e a hipocrisia que deixa fora de portas os Direitos Humanos, só porque “ a casa de cada um é o seu castelo”. Só que os direitos feudais há muito que acabaram e há causas pelas quais vale a pena levantarmo-nos e indignarmo-nos.
Já estou a ver alguns encolher de ombros e a frase fatal: “Para quê? Não adianta!”. Mas estão enganados – adianta sim.
Adianta manifestarmo-nos contra um crime que por ser perpetrado dentro de portas, silencioso, embaraçoso, sobretudo para a vítima, acaba a maior parte das vezes impune e ignorado.
Não podemos de deixar de manifestar a nossa indignação contra os maus tratos que são no fundo a violência dos mais fortes sobre os mais fracos, os indefesos, os dependentes.
A definição de Violência Doméstica segundo a nossa legislação integra todos os crimes de maus tratos físicos, maus tratos psíquicos, ameaças/coacção, difamação/injúrias, subtracção de menor, violação da obrigação de alimentos, violação, abuso sexual, homicídio e outros em meio doméstico.
Destes só uma ínfima parte chegam ao conhecimento da APAV ( Associação Portuguesa de Apoio à Vitima) , que tem feito um trabalho notável, com a consciência clara da sua impotência face ao muro de silêncio que rodeia estes crimes. Não obstante os números que apresenta relativos ao ano de 2010 são assustadores e devem, sobretudo, envergonhar-nos.
Em 2010 chegaram à APAV 13 866 queixas de violência doméstica., das quais 1198 só no Distrito do Porto. Podemos facilmente concluir que esta é apenas a ponta dum enorme iceberg que se mantém submerso porque ocorre longe dos olhares e do conhecimentos públicos.
A maior parte das ofensas nunca chega a ser denunciadas e mesmo quando o são a intervenção é de tal forma cuidadosa e escrupulosa (coisa que o agressor nega às suas vítimas) que quando acontece é por vezes tarde demais.
É sabido que a violência doméstica não é apenas um crime que comete contra as mulheres ou os menores. O número de homens que ultrapassam o estigma da vergonha de serem eles as vítimas desta situação e que apresentam queixa, tem vindo a crescer.
Situações de crise económica e desemprego, despoletam exponencialmente esta tipologia de crime, o que significa que os números de 2011 serão superiores aos do ano anterior já de si assustadores.
Por isso é que uma marcha, uma manifestação, uma consciencialização, um movimento por esta causa, nunca é demais. Por isso é que no dia sete lá estarei, em plena Avenida dos Aliados a marchar pelo respeito pelo outro, contra a indiferença e a hipocrisia que deixa fora de portas os Direitos Humanos, só porque “ a casa de cada um é o seu castelo”. Só que os direitos feudais há muito que acabaram e há causas pelas quais vale a pena levantarmo-nos e indignarmo-nos.
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