BALÕES De economia, creio já tê-lo dito, sei tanto como de fusão a frio. E quanto mais vejo e ouço menos quero saber! Parece-me uma daquelas ciências ocultas que precisam de muita fé e de muitos “ despachos” e “serviços” para funcionar. Decididamente não é a minha praia!
Mas sei de contas e de bom senso ou não tivesse, como qualquer português que viva do seu salário, de gerir a casa e a família , cada vez com mais furos apertados no garrote.
È por isso que não me entra na cabeça nem me faz sentido esta medida de adiar o pagamento dos subsídios de férias em nome da austeridade e da recuperação económica.
Vamos cá ver uma coisa: é ou não verdade que um sector importante da nossa economia é o turismo? E por turismo não estamos apenas a referirmo-nos a unidades hoteleiras mas também a bares , restaurantes etc etc.
Se bem que o tempo e a situação não estejam de feição para grandes festas, um pequeno desafogo significaria um movimento, mesmo que ligeiro, no sector.
Estou mesmo a ver os burocratas de serviço, os meninos das jotas que nunca fizeram nada a não ser uma carreira partidária e que, na sua grande maioria, viveram de mesada ( choruda está claro ) dos paizinhos, a contraporem que o que faz mexer o turismo não é a economia interna . Ó gente de vistinhas curtas!!!! Leiam Churchill meus caros. Leiam o que disse quando a Inglaterra estava em guerra ( e nós ESTAMOS em guerra, não tenhamos dúvidas) e teve que planear medidas de austeridade sérias : “ Corte-se em tudo menos na cultura “ E por cultura queria abranger lazer. Porque ninguém trabalha a toque de chicote e tambores! Pelo menos já não!
Quando ao homem se retira tudo até o sonho, o desespero pode levar a medidas extremas e violentas. Aprendam com o que vêm nas ruas doutros países, já que para lerem clássicos, tratados de gestão ou de política já vão tarde! Isto partindo do pressuposto que algum dia leram alguma coisa que se visse.
O subsídio de férias era um incentivo, um pequeno balão de oxigénio, uma ténue luz num túnel que parece não ter fim. Para muitos era a forma de pagarem e acertarem contas vencidas, para poderem levar a família a um restaurante, uma ida à praia, um gelado numa esplanada…
A cereja no topo do bolo vem agora pela voz daquele que muitos dizem ser o sucessor de Pedro Passos Coelho à frente do PSD: o dr. Rui Rio. Ora venha o diabo escolha e já agora leve! Então não é que este senhor, com a mesquinhez e a visão salazarista que tem ( “ cultura é entretenimento e isso não tem que ser suportado pelo Estado nem pelo município” disse o senhor numa conferência há tempos atrás respondendo a uma questão que alguém lhe colocou ) ameaça acabar com o feriado do S. João no Porto???? Mas há coisa mais sem nexo??? Quero acreditar que se trata duma gaffe das muitas a que o dr. Rio nos tem habituado, caso contrário temo que não termine o mandato de boa saúde! É que o Porto não é só uma Nação! É gente de pêlo na venta, meus caros!
Não sei quanto mais tempo estarão as ruas desertas de gente indignada, desesperada, disposta a tudo. Mas os tempos estão chegando. Não tenham dúvidas!
Não entendo como é que querem uma retoma da economia se continuam a cortar.. quantas familias usavam os subsidios, de férias e de Natal, não para gozarem férias, ou para esbanjar em prendas de Natal (se isso se considera esbanjar, mostrar o nosso aprelo a amigo e familiares, numa época que festaja a familia) ... mas deixemo-nos de considerações, pq na realidade a maioria das familias portuguesas usavam os subsidios para pagar os seguros (duas prestaçoes de sis em seis meses), a revi~sao do carro, as obras em casa.. etc. E se por um lado nos ajudava a por a vida em ordem, por outro fazia circular a moeda, e isso é o que faz um pais andar...
ResponderEliminarDesculpem as gralhas, mas ando com uma certa dislexia de teclado....
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