quarta-feira, 7 de abril de 2010


Católica, Apostólica Romana de educação; com todos os sacramentos e multiplos retiros de oração; talvez precisamente por isso decidi há anos que esta igreja não era a minha.
Nem esta nem nenhuma, já agora! Isto porque cheguei à conclusão de que a parte espiritual esbarra e desmorona-se de cada vez que se institui.
Não obstante, sempre tive um profundo respeito pela igreja e sobretudo por aquele Homem fabuloso que tomou para si o nome de João Paulo II, numa clara provocação ( no meu entender) aos responsáveis pela passagem fugaz do seu antecessor pela Cúria. Adiante...

A questão da pedofilia na igreja católica tem tomado contornos tão sórdidos que me pergunto que igreja sairá de tudo isto.

A pedofilia não é apenas um pecado - e já agora presumo que mortal, não? . É um crime!

Os padres antes de serem padres são cidadãos e como tal antes de obdecerem à Lei Canónica respondem perante a Lei Civil como todos nós! Os crimes que chegaram a praça pública , na sua maioria já prescreve, dizem os homens de leis. Como se as dores e as cicatrizes das vítimas alguma vez prescrevam!

O silêncio cúmplice, deu guarida a criminosos da pior espécie pois que se, como tantos afirmaram, pedofilia existe em variados sectores da sociedade, neste, especificamente, não podia, de maneira nenhuma, existir. Não porque os padres não sejam homens! Bem pelo contrário: exactamente por que o são! O atentado ao pudor, as violações, o roubo da inocência duma criança são atitudes animais.

Com que autoridade moral, civica ou mesmo religiosa vêm agora os altos dignitários, de ar pesaroso e sofrido, apelar á caridade e ao perdão? Como podem continuar a encarar o silêncio como uma prática de fraternidade e uma maneira de poupar a igreja ao escândalo? Mas afinal a igreja não é a comunidade de crentes? De TODOS os crentes?

O que se salvaguardou, uma vez mais foi a hierarquia, o status quo, a aparência.

Por estas e por outras é que me sinto herética!

1 comentário:

  1. A pedofilia é certamente um pecado e um erro. A ocultação é um erro está a ser assinalada como tal. Não é possível generalizar a todos os padres, nem de longe nem de perto. Nem toda a hierarquia da Igreja encobriu ou encobre.

    Os pecados não são um problema que tenha sentido para um herético, nem um herético está em posição de aquilatar sobre o pecado. Os heréticos não cometem pecados, segundo pensam. Apenas violam a lei. Ora a Justiça é cega. Só a prova demonstra o crime. Para a justiça, sem prova não há crime. Para os heréticos que sejam julgados sobre um crime que cometeram mas para o qual não foi feita a evidÊncia da prova não há punição nem crime, mesmo que tenham sido causadores da infracção. Vejamos a Casa Pia, nesta matéria.

    O pecado e a violação da lei são conceitos independentes. Para o Cristão o pecado é questão ligada à consciência; existe pecado sempre que materialmente foi cometida a infracção. O pecado está portanto lá no caso dos padres culpados.

    Quem conhece Cristo sabe que Ele não pode estar de bem com estes membros da sua Igreja. Mas não confundam a prodridão que tem de ser limpa com a função da Igreja. Na Igreja, as mulheres e os homens de recta intenção encontram os fundamentos da liberdade e Cristo dá-lhes Força e Luz para que essa luta seja bem sucedida.

    A libertação de cada homem está para além das hierarquias e dos ritos. É um percurso pessoal intransmissível. Não se faz sem erros. Contrariamente aos Heréticos um Cristão assume que está a caminho e assume os erros nesse contexto. Ou os heréticos nunca erram?

    Para o Cristão, Cristo é o construtor da sua alma, porque é Deus e Deus constrói cada Homem para que depois de morte esse Homem subsista perfeito. A perfeição é o Amor. O propósito da vida na terra é aprender a amar.

    ResponderEliminar