A Europa é para muitos, a materialização do paraíso, um sonho de liberdade e de oportunidades num Mundo a cada dia mais desigual.
A dictomia Norte Sul, que parecia condensar as discrepâncias de desenvolvimento , tornou-se hoje uma linha muito mais difusa, uma vez que o fosso entre dessenvolvimento/subdesenvolviemnto, ricos e pobres, já não se faz ao longo dum Tratado de Tordesilhas mas é antes transnacional e transfronteiriço.
Não obstante, o fluxo migratório ainda se faz em grande parte, com base nesse pressuposto.
As vagas de imigrantes vindos do Norte de África e da América Latina são na sua maioria indivíduos com baixos niveis de literacia, muito à semelhança da vaga de exôdo português dos anos 50/60.
Exacatamente devido a esta remnisciência histórica , o nosso País tende a olhar duma forma genérica os que acolhe como os novos portadores das malas de cartão.
Acontece que essa visão não podia estar mais longe da realidade da nova migração.
O elevado padrão cultural e educacional de determinados imigrantes nomeadamente vindos do Leste ou mesmo da Índia, pressupõe um outro tipo de acolhimento e enquadramento.
O reconhecimento de habilitações e aptidões pode ser uma mais valia se for devidamente aproveitada . E pode, inclusive, facilitar uma maior aculturação , evitando a exclusão social e a subsquente e inevitável marginalidade.
A criação de quotas profissionais, muito à semelhança do que foi feito para os médicos, deveria ser uma das apostas nessa renovação da teia social que, quer queiramos ou não, se baseia hoje muito nestes novos europeus. Porque, não tenhamos dúvidas, estamos perante Novos Europeus já que a Europa em geral e Portugal duma forma muito particular, dentro duma década será o que fizer com a sua imigração.
Teremos que optar ou por uma Europa aberta, integradora, 0 ou por uma Europa de ghettos . E esta última deixaria de ser o Eden prometido.
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