sexta-feira, 12 de julho de 2013

O SENTIDO DA VIDA







Compro por semana dois jornais: O EXPRESSO e o SOL . Dois semanários portanto e eu trato-os como tal , ou seja levo uma ou mais semana a lê-los.

Não porque seja lenta mas porque nem sempre me apetece e por vezes tenho ataques de fúria contra  tanta falta de rigor ( jornalístico ou não ), tanta aldrabice, tanto lodo!

Passados uns dias a coisa acalma e é com outro espírito que leio e digiro.

As revistas essas ficam durante ainda mais tempo num canto da mesa do pequeno almoço e cada um lá as vai desfolhando enquanto trinca as torradas e bebe o chá.

Hoje calhou vir-me ter à mão a TABU de 5 de Julho.  

Tenho um pecadilho: gosto muito de todos os Saraivas e leio-os com imenso prazer , chamem-se José Hermano  ou José António. Como dos dois apenas este último me faz companhia e me pode ainda surpreender (  espero que por muitos e longos anos), fui direitinha à pág. 72.

O artigo intitulado DEPRESSÃO; SOLIDÃO E ABANDONO , faz um retrato  exacto e colorido da sociedade portuguesa dos anos sessenta e compara-a com a dos nossos dias, terminando com um parágrafo que me fez pensar : “ Dir-se-á que assim sem amarras de família ou religião as pessoas são mais livres. Serão. Mas pelo que observo , muitas são também mais infelizes- porque se sentem sós e deixaram de saber o que andam aqui a fazer”.

Ora nem de propósito tinha acabado de assistir ao lançamento dum livro de Luís Portela – SER ESPIRITUAL : DA EVIDÊNCIA À CIÊNCIA  e que está no topo dos livros da minha cabeceira.

O autor ( que conheci também através duma das revistas dum destes jornais) tem a coragem de nos falar de algo tão vago e ao mesmo tempo tão concreto , como seja  alma, ou espirito, ou energia , aquilo que nos torna eternos e unos com o UNO. E que é isto de UNO? Bem chamemos-lhe o que quisermos: Deus, Alá, Grande Arquitecto…o TODO para o qual o homem naturalmente tende.

O que andamos aqui a fazer e porque nos sentimos mais do que sós, desamparados, perdidos, nus? 

Fazendo a junção da análise dum e da reflexão do outro acredito que todos nós fomos feitos para sermos felizes. Estamos nesta Terra , neste Mundo para aprendermos a ser e a fazer os outros felizes. A sermos perfeitos, a contermos as nossas paixões , a desbravarmos o ser imperfeito a que muitos chamam de pedra bruta.

Acredito nesta coisa da evolução. Não apenas da evolução que se consegue numa vida mas a evolução que dura o tempo necessário à aprendizagem de cada um a ser HOMEM, ser humano, irmão de toda a humanidade. Não me parece que seja objectivo que se consiga numa única vida! Tão pouco sou daqueles que encaram a reencarnação como uma coisa óptima , um eterno retorno. Acredito nela mas tomo-a como  etapa dum percurso que será tão mais longo e penoso quanto menor for a capacidade de aprender.

Vou ler o livro e logo vos digo!

 

P.S. ( nos blogues há P.S.? Olha no meu há. Afinal sou eu quem manda !) – Pensavam que ia falar do discurso do PR e quejandos, não era? Nop. Já há muito tempo que não discuto B .D. e muito menos Comics. Quando muito de Enki Bilal para cima! Bem… com um toquinho de Manara para apimentar a coisa.

 

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