È dos livros: a criminalidade organizada alastra nos países democráticos, utilizando exactamente os mecanismos da liberdade e da democracia.
O mesmo se aplica a outras situações que, não sendo de criminalidade, não deixam de ser criminosas, aberrantes e desumanas.
Esta semana fiquei extremamente satisfeita por, finalmente, alguém ter tido a coragem de utilizar o seu estatuto e a sua projecção pública, para denunciar a excisão feminina que se pratica um pouco por todo o lado no mundo dito civilizado o que inclui Portugal.
Levada a cabo em guetos onde as tradições, os costumes dos países de origem, prevalecem sobre as leis, os costumes e as tradições dos países de acolhimento, tem sido ignorada com uma enorme displicência. À sombra da liberdade de culto e do direito às suas culturas ancestrais, temos vindo a permitir as maiores barbáries!
Lembro-me que uma das vezes que denunciei esta prática , a pessoa que nessa altura poderia ter intervindo ( uma mulher ainda por cima!) limitou-se a colocar um olhar pesaroso e a dizer que não havia dinheiro. Eu não pedia dinheiro!! Eu pedia exactamente o que foi feito: um discurso de denúncia, um safanão nas instituições, uma atitude concertada entre diferentes valências: professores, médicos, assistentes sociais, polícia junto dessas etnias por forma a acabar com este crime. Às vezes a falta de dinheiro é apenas um subterfúgio para o deixa andar.
Não sou daqueles que acham que não se deviam permitir mesquitas, uma vez que nos países muçulmanos não são permitidas as igrejas católicas. Creio sinceramente que um dos factores da evolução humana e social é a tolerância e que “ pagarmos da mesma moeda” só nos deixa mais pobres em termos civilizacionais.
Como tal aceito as diferenças culturais, étnicas e religiosas.
No entanto temos que deixarmo-nos de hipocrisias e aceitar que na escala civilizacional há culturas que se encontram em patamares inferiores, no que respeita aos direitos humanos. É nosso dever não só alertá-los para esse facto ajudando-os na sua evolução natural como rejeitarmos linearmente práticas que agridam anos de conquista humanista de que somos o resultado.
Não é sério aceitar que nos países Europeus se aceite que uma mulher conduza de burka completa. Trata-se não apenas duma questão de equidade entre homem e mulher, paradigma que nos é tão caro e que apregoamos alto e a bom som, como duma questão de segurança da próprias e dos outros. Já não me faz confusão deixar o uso do shador à liberdade de culto de cada uma. Afinal durante anos nenhuma mulher entrava num templo sem um véu e nenhum homem por mais jovem que fosse, se atreveria a entrar” debaixo de telha” de chapéu ou boné.
A liberdade tem que ter uma boa dose de bom senso, sob pena de se transformar em libertinagem e anarquia. Isto ensinava eu aos meus filhos. Isto foi-me ensinado!
A liberdade traz responsabilidade e não apenas individual. A maior responsabilidade da democracia é para com os outros. Como tal temos que pôr em prática rapidamente mecanismos ( não programas , não institutos !) de inserção das várias minorias que demandaram o nosso país e que aqui ficaram. Estes são os novos portugueses! Temos o dever de lhes dar o que aprendemos ao longo destes nove séculos! E já nem falo de noções de História , de Pátria , de Geografia , nem de lhes ensinarmos o Hino Nacional. Ui que perigo para a democracia!! Limito-me apenas a referir essa coisa básica que são os princípios do humanismo e da igualdade entre todos.
Só assim a liberdade faz sentido.
O mesmo se aplica a outras situações que, não sendo de criminalidade, não deixam de ser criminosas, aberrantes e desumanas.
Esta semana fiquei extremamente satisfeita por, finalmente, alguém ter tido a coragem de utilizar o seu estatuto e a sua projecção pública, para denunciar a excisão feminina que se pratica um pouco por todo o lado no mundo dito civilizado o que inclui Portugal.
Levada a cabo em guetos onde as tradições, os costumes dos países de origem, prevalecem sobre as leis, os costumes e as tradições dos países de acolhimento, tem sido ignorada com uma enorme displicência. À sombra da liberdade de culto e do direito às suas culturas ancestrais, temos vindo a permitir as maiores barbáries!
Lembro-me que uma das vezes que denunciei esta prática , a pessoa que nessa altura poderia ter intervindo ( uma mulher ainda por cima!) limitou-se a colocar um olhar pesaroso e a dizer que não havia dinheiro. Eu não pedia dinheiro!! Eu pedia exactamente o que foi feito: um discurso de denúncia, um safanão nas instituições, uma atitude concertada entre diferentes valências: professores, médicos, assistentes sociais, polícia junto dessas etnias por forma a acabar com este crime. Às vezes a falta de dinheiro é apenas um subterfúgio para o deixa andar.
Não sou daqueles que acham que não se deviam permitir mesquitas, uma vez que nos países muçulmanos não são permitidas as igrejas católicas. Creio sinceramente que um dos factores da evolução humana e social é a tolerância e que “ pagarmos da mesma moeda” só nos deixa mais pobres em termos civilizacionais.
Como tal aceito as diferenças culturais, étnicas e religiosas.
No entanto temos que deixarmo-nos de hipocrisias e aceitar que na escala civilizacional há culturas que se encontram em patamares inferiores, no que respeita aos direitos humanos. É nosso dever não só alertá-los para esse facto ajudando-os na sua evolução natural como rejeitarmos linearmente práticas que agridam anos de conquista humanista de que somos o resultado.
Não é sério aceitar que nos países Europeus se aceite que uma mulher conduza de burka completa. Trata-se não apenas duma questão de equidade entre homem e mulher, paradigma que nos é tão caro e que apregoamos alto e a bom som, como duma questão de segurança da próprias e dos outros. Já não me faz confusão deixar o uso do shador à liberdade de culto de cada uma. Afinal durante anos nenhuma mulher entrava num templo sem um véu e nenhum homem por mais jovem que fosse, se atreveria a entrar” debaixo de telha” de chapéu ou boné.
A liberdade tem que ter uma boa dose de bom senso, sob pena de se transformar em libertinagem e anarquia. Isto ensinava eu aos meus filhos. Isto foi-me ensinado!
A liberdade traz responsabilidade e não apenas individual. A maior responsabilidade da democracia é para com os outros. Como tal temos que pôr em prática rapidamente mecanismos ( não programas , não institutos !) de inserção das várias minorias que demandaram o nosso país e que aqui ficaram. Estes são os novos portugueses! Temos o dever de lhes dar o que aprendemos ao longo destes nove séculos! E já nem falo de noções de História , de Pátria , de Geografia , nem de lhes ensinarmos o Hino Nacional. Ui que perigo para a democracia!! Limito-me apenas a referir essa coisa básica que são os princípios do humanismo e da igualdade entre todos.
Só assim a liberdade faz sentido.
Sem comentários:
Enviar um comentário