Cada vez mais me convenço que a “ nossa praça” política, jornalística, empresária e tuti quanti, é assim uma espécie de Bolhão, ali prós lados da zona do peixe.
Falam , falam, gesticulam, atiram perdigotos e quejandos sobre o que sabem, o que não sabem, o que julgam saber e sobretudo o que ignoram.
Não. Recuso-me a falar sobre a Maçonaria e a abertura da época da caça ás bruxas. Há coisas que mais vale calar para não alimentar polémicas .
O assunto hoje é outro, bastante mais pragmático. Entendi finalmente o que está por detrás do Acordo Ortográfico: é que num país onde os seus naturais não sabem escrever nem falar a própria língua, mais vale construir uma babel qualquer para lhes salvar a face!
Desde o “ prontus” repetido á esquerda e direita, até ao “ dirás-me” vale tudo! Claro que qualquer um de nós dá erros, calinadas no Português! No entanto, caso domine a língua, corrige a mão e rectifica o erro. Mas há os que fazem questão de frisar o erro, imbuídos como se encontram da firme convicção, de que, pertencendo ao Olimpo dos comunicadores, quer sejam políticos, jornalistas ou outras figuras públicas ( à excepção dos jogadores de futebol que são um caso à parte. Aliás o discurso e a linguagem futebolística dava uma belíssima tese de doutoramento) que pela repetição da asneira tornam-na aceitável ou até regra ortográfica! Infelizmente ás vezes conseguem-no!!!
Eu sou daquelas que se arrepiam de cada vez que ouve uma calinada! Bole-me com os nervos, que hei-de fazer? ( e o “há-des”? Esse é supremo!)
Mas há pessoas que de facto têm a obrigação não só de saber falar em público como de o fazerem bem!
Não tenho predilecção especial pelo pretendente ao trono português, o Sr. D. Duarte Nuno , Duque de Bragança. Até porque sou profundamente republicana! Mas respeito-o como representante duma casa que muito fez pela Nação e que teve o seu percurso histórico que , naturalmente terminou.Reconheço que uma figura que tem pretensões a tomar para si o peso simbólico duma Nação, teve, certamente , uma esmerada educação.
Imbuída deste espírito aberto, esperava com alguma ansiedade o discurso que iria proferir no Encontro Anual das Confrarias que decorreu este fim de semana em Braga.
É objectivo destas associações a promoção do que é nacional, área onde, ao que pensava, Sua Alteza estaria á vontade. Pois bem o balde não podia ter sido de água mais fria! Além de ter apenas dito banalidades, daquelas que qualquer Zé Chimbrinhas sabe dizer, repetiu á exaustão a necessidade dos “artesões” se organizarem e fazerem valer os seus produtos.
Enquanto o ouvia ( e me arrepiava! Triste País que nem de pretendente a um longínquo trono está bem servido!!!) lembrei-me da história que a minha Alice Vieira me contou e que lhe teria sido contada por outra grande senhora das letras – Matilde Rosa Araújo.
Passa-se a cena num baile . O jovem olhando a companheira nos olhos diz-lhe embevecido: “ Vejo pelos seus olhos que não lhe sou indiferente. Enganarei-me?”
E a rapariga responde-lhe lesta :” Enganarou-se!”.
Também Vossa Alteza!!!
Falam , falam, gesticulam, atiram perdigotos e quejandos sobre o que sabem, o que não sabem, o que julgam saber e sobretudo o que ignoram.
Não. Recuso-me a falar sobre a Maçonaria e a abertura da época da caça ás bruxas. Há coisas que mais vale calar para não alimentar polémicas .
O assunto hoje é outro, bastante mais pragmático. Entendi finalmente o que está por detrás do Acordo Ortográfico: é que num país onde os seus naturais não sabem escrever nem falar a própria língua, mais vale construir uma babel qualquer para lhes salvar a face!
Desde o “ prontus” repetido á esquerda e direita, até ao “ dirás-me” vale tudo! Claro que qualquer um de nós dá erros, calinadas no Português! No entanto, caso domine a língua, corrige a mão e rectifica o erro. Mas há os que fazem questão de frisar o erro, imbuídos como se encontram da firme convicção, de que, pertencendo ao Olimpo dos comunicadores, quer sejam políticos, jornalistas ou outras figuras públicas ( à excepção dos jogadores de futebol que são um caso à parte. Aliás o discurso e a linguagem futebolística dava uma belíssima tese de doutoramento) que pela repetição da asneira tornam-na aceitável ou até regra ortográfica! Infelizmente ás vezes conseguem-no!!!
Eu sou daquelas que se arrepiam de cada vez que ouve uma calinada! Bole-me com os nervos, que hei-de fazer? ( e o “há-des”? Esse é supremo!)
Mas há pessoas que de facto têm a obrigação não só de saber falar em público como de o fazerem bem!
Não tenho predilecção especial pelo pretendente ao trono português, o Sr. D. Duarte Nuno , Duque de Bragança. Até porque sou profundamente republicana! Mas respeito-o como representante duma casa que muito fez pela Nação e que teve o seu percurso histórico que , naturalmente terminou.Reconheço que uma figura que tem pretensões a tomar para si o peso simbólico duma Nação, teve, certamente , uma esmerada educação.
Imbuída deste espírito aberto, esperava com alguma ansiedade o discurso que iria proferir no Encontro Anual das Confrarias que decorreu este fim de semana em Braga.
É objectivo destas associações a promoção do que é nacional, área onde, ao que pensava, Sua Alteza estaria á vontade. Pois bem o balde não podia ter sido de água mais fria! Além de ter apenas dito banalidades, daquelas que qualquer Zé Chimbrinhas sabe dizer, repetiu á exaustão a necessidade dos “artesões” se organizarem e fazerem valer os seus produtos.
Enquanto o ouvia ( e me arrepiava! Triste País que nem de pretendente a um longínquo trono está bem servido!!!) lembrei-me da história que a minha Alice Vieira me contou e que lhe teria sido contada por outra grande senhora das letras – Matilde Rosa Araújo.
Passa-se a cena num baile . O jovem olhando a companheira nos olhos diz-lhe embevecido: “ Vejo pelos seus olhos que não lhe sou indiferente. Enganarei-me?”
E a rapariga responde-lhe lesta :” Enganarou-se!”.
Também Vossa Alteza!!!
Pobre fraude, enxertada na Casa de Bragança por um Salazar que odiava democratas....
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