Lembram-se desta canção dos SUPERTRAMP ? Ok, não são os Deolinda mas também não são maus de todo! Além disso cantam em Inglês, o tema é actual e....já têm uns anitos o que lhes dá uma bela patine. Tal qual a nossa crise que já tem, mais do que patine, uma camada de poeira que a reporta a séculos e séculos atrás. Daí que não se entenda esta histeria colectiva ácerca da crise. Afinal já devíamos estar habituados! Deveríamos até ter um plano de contingência para fazer face ás inevitáveis crises que nos assolam ciclicamente , como temos para os terramotos. Não, espera! também não temos plano de resposta a terramotos e outras catástrofes... Bom, mas não é grave. Afinal o último terramoto foi em 1755, ao contrário da última crise que foi no mês passado e que substituiu a do mês anterior que por sua vez se sobrepôs á do outro e assim sucessivamente na mais profunda noite dos tempos.
O que eu não consigo entender é que todos acenem com o espectro da crise ao mesmo tempo que tudo fazem para a provocar.
Veja-se por exemplo o nosso Presidente. Enquanto andou em campanha, alertou para a necessidade de tudo se decidir numa primeira volta ,uma vez que o país não suportava o encargo de mais eleções. Devia já estar a prever as legislativas que tão logo se apanhou em pleno discurso de tomada de posse vá de agitar .
Entretanto a presente crise política instalou-se não por imperativo nacional de resolução da crise económica que se arrasta e nos arrasta com ela, mas por questões meramente formais e que se traduzem em bom português por amuos. Amuou o lider do maior partido da oposição por não ter tido conhecimento antecipado do PEC4, amuou o Presidente pela mesmíssima razão muito embora tenha cá para mim que deve estar a esfregar as mãos de contente uma vez que agora tem o argumento perfeito para fazer o que já tinha anunciado. Amuou o nosso Primeiro porque ninguém lhe dá o valor devido nem lhe faz a justiça de entender e apoiar o esforço hercúleo que tem feito . E pronto está armada a bernarda.
Pedro Passos Coelho já fala de governo de coligação com um discurso de Primeiro Ministro.
Paulo Portas já se pôs aos saltinhos sabendo como sabe que será essencial num governo onde o PSD não terá maioria absoluta.
Sócrates arrasta-se lamentando a ingratidão do povo e ensaiando já um discurso de oposição.
Enquanto isto o senhor Presidente remete-se ao silêncio , refugiando-se numa suposta torre de marfim à qual ascendem os que são presidentes e a si mesmo se tratam como tal.
Mas afinal o que há de novo neste cenário?
Ah sim: os trabalhadores que tinham os salários congelados viram-nos derretidos em 10%. Pois, mas isso são danos colaterais!
O que eu não consigo entender é que todos acenem com o espectro da crise ao mesmo tempo que tudo fazem para a provocar.
Veja-se por exemplo o nosso Presidente. Enquanto andou em campanha, alertou para a necessidade de tudo se decidir numa primeira volta ,uma vez que o país não suportava o encargo de mais eleções. Devia já estar a prever as legislativas que tão logo se apanhou em pleno discurso de tomada de posse vá de agitar .
Entretanto a presente crise política instalou-se não por imperativo nacional de resolução da crise económica que se arrasta e nos arrasta com ela, mas por questões meramente formais e que se traduzem em bom português por amuos. Amuou o lider do maior partido da oposição por não ter tido conhecimento antecipado do PEC4, amuou o Presidente pela mesmíssima razão muito embora tenha cá para mim que deve estar a esfregar as mãos de contente uma vez que agora tem o argumento perfeito para fazer o que já tinha anunciado. Amuou o nosso Primeiro porque ninguém lhe dá o valor devido nem lhe faz a justiça de entender e apoiar o esforço hercúleo que tem feito . E pronto está armada a bernarda.
Pedro Passos Coelho já fala de governo de coligação com um discurso de Primeiro Ministro.
Paulo Portas já se pôs aos saltinhos sabendo como sabe que será essencial num governo onde o PSD não terá maioria absoluta.
Sócrates arrasta-se lamentando a ingratidão do povo e ensaiando já um discurso de oposição.
Enquanto isto o senhor Presidente remete-se ao silêncio , refugiando-se numa suposta torre de marfim à qual ascendem os que são presidentes e a si mesmo se tratam como tal.
Mas afinal o que há de novo neste cenário?
Ah sim: os trabalhadores que tinham os salários congelados viram-nos derretidos em 10%. Pois, mas isso são danos colaterais!
Se me permite, só uma pequena correção: "Crisis? What Crisis?" é título de um disco, não de uma canção.
ResponderEliminarResumindo: vira o disco e toca o mesmo!
Meu caro tem razão. Isto com tanto vira que vira já se me riscou o disco!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminar