Os radicalismos sempre me
arrepiaram!!! E não importam as origens ou as causas. Tanto se me dá que sejam
políticos ou religiosos. Os radicalismos têm sido o maior flagelo da humanidade
e a História é espelho disso mesmo.
Foi o radicalismo
religioso que esteve na génese do aparecimento da Inquisição que condenou à
santa fogueira purificadora tantos homens e mulheres. Foi o radicalismo
económico político e social que criou os Gulags de Estaline. É o radicalismo
étnico que sustenta os cobardes de branco que dão pelo nome de Ku Klax Klan
.São os radicais islâmicos que espalham o horror em atentados, que relegam para
um estatuto sub-humano as mulheres e dão uma imagem errada do Al Corão. Os
radicalismos estiveram e estarão sempre na base dos conflitos armados. Foi
assim ao longo da História, é assim no presente.
Perante este panorama, a primeira ideia que
me assalta é: seremos nós europeus? Mas se o não formos somos o quê? Portugueses-
responder-me-ão até com alguma indignação. Sem dúvida sê-lo-emos sempre!!
Mas
na cena internacional , na real politik ser português, espanhol, irlandês...
Pouco conta. Há que olhar para o horizonte dessa união desunida mas que tem que
permanecer sob pena da História se repetir. Por isso é que A Europa tem definitivamente de ter uma política externa consistente e
atrevo-me mesmo a dizer musculada.
Dois exemplos do presente fundamentam este
meu pensamento: um a questão ucraniana, O princípio de Estado de Direito
implica que seja respeitada a vontade do povo, o que significa naturalmente o
resultado dum sufrágio . Qual a posição da Europa? “Nim” e com este lavar de
mãos repetimos o mesmo erro que levou ao genocídio de milhares de pessoas na
guerra dos balcãs!
Mais longe na Nigéria um grupo de homens que se dizem
portadores da vontade dum deus muito próprio, decidiu entrar num liceu e raptar
as raparigas que ali se encontravam , culpadas de querem estudar, saber, ser
independentes. Forte pecado!! Mas já não será pecado fazê-las escravas sexuais,
os soldados à força. Posição europeia?? Silêncio!!
Receio que a eterna
permissividade falsamente democrática nos conduza a radicalismos internos que
esvaziem o pouco que resta da ideia dos pais fundadores da UE.
Enquanto não se definirem
fronteiras claras, enquanto não existir uma política externa comum, enquanto
não houver um sistema de segurança próprio a Europa será apenas um enorme
mercado. E em todos os mercados pululam os arrivistas.
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