Somos um povo fantástico!!! Não entendo quem se diz envergonhado da sua condição de português! Sou portuguesa e tenho um ENORME orgulho nisso! Orgulho-me da nossa História, do nosso passado recente e deste presente que vivemos com a garra ,a dignidade, a fibra que nos definem como povo.
Que não se iluda quem confundir tal atitude como passivismo, ou mesmo frouxidão! A tolerância é-nos bem conhecida, sabemos esperar, mas temos em nós a tenacidade que não recua perante nada e uma vez lançado o rastilho da revolta , levamo-la até ao fim!
Mas como não há bela sem senão, temos os nossos defeitos para os quais olhamos com alguma complacência chegando mesmo a intitulá-los como “ desporto nacional” como se fossem assim coisa de somenos importância, algo que nos dá prazer sem consequências, uma forma de passarmos os tempos livres, uma actividade de fim de semana. Refiro-me à maledicência e à inveja.
Se bem que não possa generalizar-se, estes dois defeitos nacionais tendem , caso não lhe ponhamos cobro rapidamente, a tornarem-se em cancros metastizados um pouco por toda a parte.
E tal como a malfadada doença física, também estes se detetam primeiro nos órgãos principais. Começa pelos lugares de chefia ou diretivos e vai por aí fora sentando-se no hemiciclo com o à vontade de quem já tem lugar cativo. Ele é o “diz que disse”, o esgravatar na vida particular dos outros até à quinta geração por forma a encontrar qualquer esqueleto no armário, nem que seja o do periquito ao qual se torceu o pescoço aos três anos!
Paralelamente surgem, como se fossem cogumelos, os bufos.
Lembram-se deles? Aqueles tipos sebosos que ouviam aqui e iam de imediato levar a informação a quem pagava ou protegia? Recordam-se? Ah! Pensavam que tinham desaparecido, enterrados com a Velha Senhora que por acaso sempre foi um homem? Pois bem não foram!
Durante alguns anos estiveram inativos, sub-reptícios, sossegados à espreita da oportunidade para verem a luz do dia novamente.
E o momento chegou! Ei-los novamente em plena pujança, alimentando-se do clima de terror e incerteza em que vivemos, acolitando a mediocridade que tomou conta deste país.
Tal como um mortal tumor vai estendendo os seus tentáculos alimentados por toda a incompetência que por definição é cobarde e tende a deixar por onde passa, a terra queimada e estéril.
Pobre país este que se vê a braços com um clima de terror e num primado de mulheres de soalheiro !
Pergunto-me se não existirá forma de estripar semelhante cancro? E se há para quando a intervenção cirúrgica?
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