sexta-feira, 1 de junho de 2012

JORNALISTA PRESSIONANDO RELVAS: REVOLTA EM MARCHA






Embora nos tenham tirado a tolerância da Terça Feira de Carnaval, tentando tornar –nos mais taciturnos, tristes e infelizes o que é certo é que continuamos a ser um país que consegue rir de si próprio. Mas é sempre um riso amarelo, meio deprimido, na linha invertida de “ quem não pode rir chora!”


Rimos das nossas misérias, dos escândalos dos nossos políticos, da morosidade e das sentenças da nossa justiça…Rimos das pantominices que nos impigem como entretenimento, rimos da nossa falta de sorte, da nossa pequenez… Rimos realmente porque já não sabemos chorar.

É talvez porque levamos a vida neste riso desconsolado, que nos adaptamos aos costumes brandos que nos limitam a revolta. Se saímos à rua em manifestação fazemo-lo de forma tímida e contida, sem confrontos nem muita expressão. E se calha estar sol, bom tempo, bem que trocamos a contestação por uma boa tostadela na praia!

Não há escândalo que não dê uma boa anedota!

O caso Relvas é paradigmático disto mesmo, agravado com uma amnésia apropriadamente selectiva, que o leva a não recordar datas de almoços ou reuniões mas que não o deixa esquecer pormenores da vida pessoal deste ou daquele.

Aqui entre nós tenho bem mais medo deste senhor que tem um computador na cabeça do que qual outro que possua documentos , mesmo que sigilosos, numa pen, disco rígido , ipad, portátil, telemóvel e tuttiquanti.

Um ministro que tutela a pasta que abrange a Comunicação Social e que se permite exercer a mais descarada censura ao ameaçar a vida particular duma jornalista caso esta exerça o seu ofício, não tem condições nenhumas para continuar no governo!!

Disse-o e escrevi-o : qualquer figura pública tem que seguir a máxima da mulher de César, à qual não basta ser séria, é preciso parecê-lo.

Depois de tantos esqueletos saindo dos armários de S. Bento, já ninguém confia na inocência, manchada por uma atitude suspeita .

Podemos gostar de rir , sim , mas desengane-se quem nos toma por palhaços! Mesmo que tristes!!

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