sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

UM PRESIDENTE PARA A REPÚBLICA

Somos um povo peculiar! Qualquer fait divers que nos lancem para a agenda politica /mediática nos distraí do que, efectivamente, interessa!
Em plena campanha para as presidenciais, onde o que deveria ser discutido era a forma como cada candidato olhava o seu possivel papel no País, na Europa, no Mundo Lusófono e no restante, discutem-se as ligações dos candidatos à banca, num concurso idiota de " eu sou mais honesto do que tu!"
Evidentemente que interessa averiguar da seriedade dos candidatos. Mas essas questões deveriam ter sido previamente analisadas. Agora importa saber, não o que  fizeram mas o que pretendem fazer.
Por isso fiiquei tão satisfeita com a posição do candidato Fernando Nobre que se coloca, mais uma vez, à margem das tricas dos "mentideros" da política mais rasca, para tentar redireccionar o debate para o fulcro do problema.
O que me entristece é esta nossa tendência para a vitimização consentida! Estamos todos fartos de partidos políticos, fartos destas fantochadas que só desprestigiam os seus protagonistas em particular e, infelizmente, o País no geral perante o palco internacional.Pelo menos é que dizemos.
Mas depois, quando aparece alguém que não pactua com este status quo, que pretende trazer uma nova vida e um novo rumo à política, encolhemos os ombros num ar de fatídico karma dizendo que é até boa pessoa, admiramos o seu trabalho a nível internacional, temo-lo como alguém honesto e capaz mas... não vai a lado nenhum porque não tem um partido a apoiá-lo!
Mas afinal quem queremos que mande nos destinos do país? Os partidos com toda a sua camarilha de boys e girls perfilados para a distribuição de tachos, ou NÓS os anónimos cidadãos, a sociedade civil, o povo desta Nação?
Até quando vamos continuar a encolhermo-nos na nossa passividade, no murmurar em surdina ?
Fomos um povo orgulhoso da sua condição! Redescobramos esse orgulho, marquemos a mudança! Mesmo que o vento não nos seja favorável agora, mesmo que a derrota seja certa, melhor é morrer de pé que viver toda a vida de joelhos.
Não nos deixemos mais amarfanhar por gente sem escrúpulos, gente para quem a palavra Pátria nada diz, gente que faz da politica um emprego e não um trabalho em prol da Nação.
No dia 23 vou votar Fernando Nobre.
Porque não é um político, porque não tem um partido a apoiá-lo, porque construiu uma organização internacional respeitada em todo o Mundo; porque deu provas do seu saber , da sua competência, do seu humanismo antes de se colocar ao serviço do País. Porque não grita aos quatro ventos as suas virtudes - elas estão aí semeadas para que todos as vejam. Porque " não ir a lado nenhum!" é melhor do que ir para o atoleiro onde continuamos a chafurdar.
Porque acredito que a mudança é possivel desde que a queiramos.

1 comentário:

  1. Acho que até podes ter razão, não no facto de ele não ter partido a apoiá-lo, mas sim por ser um homem aparentemente sereno, credível, que já mostrou o seu valor humanitário.
    Mas o problema é que não tem carisma, não se impõe como figura, é fraco no seu tom de discurso e isso, em campanha, vale mais que tudo o resto.
    As pessoas votam nos candidatos que gostam, mais do que nos partidos que os apoiam e falta ao Fernando Nobre um bom assessor de imagem. Depois de limado, podes ter a certeza que era um sério candidato.

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