sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

MORTE POR DECRETO

Não é que não me apeteça escrever ou que não tenha vontade ou assunto. Nada disso é razão do silêncio. O que me leva a longos períodos de abstinência da escrita ( com as consequentes e inevitáveis ressacas monumentais) é essa sensação de impotência, de que as palavras são levadas pelo vento e poucas permanecem na memória ou dão frutos.
Então para quê encher a blogoesfera com mais?
Mas há alturas em que a vontade, ditada pela alegria, pela dor , pela revolta ou pela indignação, é mais forte que eu.
A notícia que o JN publicou hoje e que refere a execução dum cidadão norte americano com um  cocktail de drogas em que foi utilizado um anestésico para animais indignou-me à naúsea.
Com que direito podem os Estados Unidos intitularem-se defensores dos Direitos Humanos, paladinos do maior grau humanista quando continuam a ter na legislação de diversos estados a pena de morte? Com que moralidade apontam o dedo à China e a outros países onde a mesma pena é aplicada? Que atenuantes têm a não ser os da arrogância dos eternos cowboys solitários?
Não há vida nenhuma que se possa resgatar por outra. Nenhuma morte traz de volta uma vida.Nem lei alguma deveria poder sobrepôr-se à lei natural.
É por isso que me insurjo quando vejo petições de repúdio das condenações à morte de países como a China, o Paquistão. Não porque não concorde mas porque me apercebo claramente da hipocrisia e manipulação a que somos sujeitos. É que nunca vi nenhuma peição condenando as dezenas de execuções legaçlmente praticadas em solo americano, terra de liberdades, da democracia mais pura, dos valores mais sólidos da civilização.
A pena de morte é a manifestação da desumanidade e da sobranceria do homem perante o seu semelhante e nenhum Estado deveria poder intitular-se de livre e democrático tendo-a na sua ordem jurídica.
Seja ele qual for. Independente da raça ou da côr da pele dos seu povo. Trate-se dos EUA ou do Paquistão. No nascimento e na morte todos somos iguais!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O MEU PAÍS ESFOMEADO

Hoje ao rever parte do livro ( eterno!!!) que estou a escrever e que se passa numa aldeia raiana em tempos de guerra, deparei-me com este pedaço de texto que escrevi e que, temo bem, venha a verificar-se proximamente. Longe venha o tempo!!


A fome não tem língua.


Expressa-se num idioma único que transborda dos olhos muito abertos, espantados, para depois cair num olhar baço, morto resignado e apático de quem já nada espera, nada pede.


A guerra quando não mata, espalha em seu redor um deserto faminto e transforma os povos em hordas de predadores, cujo único objectivo é sobreviver um dia mais, uma semana, até à próxima colheita que, se Deus quiser e os homens deixarem, será feita em paz.


Mas enquanto a terra estiver assim , esteril e moribunda, sem que haja homens para a acariciarem, a amarem e emprenharem com as suas sementes de trigo dourado, é preciso procurar outras sementeiras, outros campos, outro pão.


A aldeia era presa fácil. Os campos que a ladeavam serviam não apenas de fronteira entre dois países mas eram também linha divisória entre a guerra e a paz, a fome e o alimento.


Vinham pela calada da noite em grupos, familias inteiras, silenciosas como predadores deixando atrás de si campos despidos de espigas, de batatas, de cenouras , de feijão de tudo quanto houvesse para matar a fome.


Homens da terra, habituados a tratá-la com desvelo, respeitavam tanto quanto podiam os campos assaltados, deixando-os como se as colheitas tivessem sido feitas como devido e no tempo certo. Não se tratava de vandalismo ou má intenção: era fome. Fome negra, fome sem sotaque. Fome simplesmente.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PER SALTUM*

Fico espantada com esta coisa do Simplex!! No global a montanha nem sequer chegou a parir e em casos excepcionais o resultado foi dar à luz o Facilitex que é assim uma forma de desenrascanso que permite as coisas mais aberrantes.
Quiça ( gosto tanto desta palavra- quiça!!!Soa tão bem! Além de dar um ar intelectual  a quem a usa!) o erro não esteja no programa, mas sim em quem o usa e em quem o implementa. È que existe a forma e o bom senso e este, embora devesse ser comum, verifica-se ser mais incomeum dos sensos.
Vem tudo isto a propósito destes novos acessos ao ensino superior.
O caso ( verídico!!) que me chegou, brada aos céus e choca os humanos. Pelo menos aqueles que queimaram as pestanas e obrigaram os filhos a um regime de trabalho que lhes permitisse prosseguir os seus estudos de acordo com a sua vontade.
Ela tem 48 anos e afirma com toda a sinceridade, que está a realizar um velho sonho : frequenta o curso de Direito numa universidade. É um sonho belo, legitimo e que só dignifica a sua proprietária. As razões que a levaram a chegar a esta idade sem o ter cumprido, ao contrário de muitos cuja vida economicamente lhes foi adversa, prendeu-se com a simples incapacidade intelectual. Legítima também! Nem toda a gente pode ser cirurgiã, ou advogado e se pudesse escolher com quem gostaria de estar num navio a afundar, bem que iria preferir um carpinteiro ou um canalizador ao melhor dos arquitectos. Só depois da revolução é que este país decidiu passar do 8 ao 80 e tomou a peito a igualdade a todo o custo e o nivelamento por baixo.
Mas adiante. Voltemos à história.
Ficou-se a heroína deste relato, pelo antigo 5º ano dos liceus, tirado a ferros e com muito chapadão dos pais que tiveram que se render ao facto da sua filha " ... não dar para aquilo!".
Eis que lhe chegou aos ouvidos o programa do acesso ao ensino superior aos maiores de 23 anos, mediante exame de admissão.
O processo é. desde logo, altamente injusto. Enquanto uns andam a queimar as pestaninhas, a fazer sacrifícios e contas à vida para conseguirem não só acabar o 12º ano como fazê-lo com as notas mirabolantes EXIGIDAS, que lhes permita "entrar" nos cursos pretendidos, outros limitam-se a esperar que cheguem uma dada idade e, nem que tenham a 4ª clase de adultos, toma lá um tapete vermelho para o Olimpo dos doutores. 
Contraporão alguns que o exame é uma forma de selecção. A esses pergunto se já viram algum. Eu já e fiquei assustada. Temo que daqui a alguns anos entre nas urgências com uma apendicite e saia de lá sem amigdalas!
Pois a boa da rapariga fez o exame e, azar dos azares, reprovou!
Acabrunhada, vendo o seu sonho cada vez mais longe, eis que uma luz lhe surge no fundo do túnel: Uma determinada universidade privada, aceita-a como " aluna externa(!)", deixando-a assistir às aulas e fazer os exames, afirmando-lhe que, caso passe nestes, transita imediatamente para aluna matriculada. Isto tudo pela módica quantia de 1000€!
Feliz e contente a nossa futura doutora de caderno debaixo do braço lá vai ela a cminho das aulas. Dificeis! afirma suspirando. Mas de facto vantajosas! É que passou de imediato a assistir às aulas do 2º ano.
Isto sim é Simplex a sério!

* Expressão roubada a um amigo meu, homem que, vejam só!!! cursou cinco anos de Direito!!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

VOLTA FMI!!!

Não entendo NADA de Economia e muito menos de Finanças. Sei apenas que os ordenados não têm a elasticidade suficiente para irem de 21 a 21 ( como funcionária pública recebo ao dia 21, mas o meu mês tem trinta dias como os outros), que as contas de supermercado são cada dia maiores, que a saúde a educação e a justiça se tornaram luxos e que nos pedem cada vez mais sacrifícios em nome duma estabilidade que nunca tivemos.
Em paralelo sucedem-se as noticias de escândalos financeiros, de esbanjamentos imorais, de fraudes fiscais.
Nestas contas de mercearia que qualquer um pode fazer - eu pago outros esbanjam - o PEC e o OE passaram a permissas dolorosamente conhecidas.
Talvez por isso o anúncio do falanço das negociações entre o governo e o maior partido da oposição ao invés de me angustiar me trouxe nova esperança. É que, ao que toda  a gente afirmava o Orçamento era um mau orçamento e que não iria solucionar coisissima nenhuma.
Por isso talvez o melhor seja receber o FMI de braços abertos. É que com ele sabemos que os sacrificios terão resultados e chegarão a todos.
 Coisa que, de outra maneira duvido.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

É HOJE! É HOJE!!!!

.. que vamos finalmente ouvir o que estamos "marrecos"de saber: que o Professor Aníbal Cavaco Silva se irá recandidatar. Claro que o fará a contragosto, por imperativo nacional, perante a difícil situação que o país atravessa e pressão de várias correntes. Mas, pronto, ei-lo que se curva à vontade popular!

Basicamente será isto que dirá logo às oito da noite em directo do CCB.
A sala encontra-se reservada há várias semanas(?) meses(?). Mas o professor ainda não se tinha decidido, note-se! Tinha reservado a salita pelo sim pelo não! Podia até aproveitá-la para dizer que não se candidatava pelas mesmas razões pelas quais o irá fazer, mas vistas ao contrário ( assim tipo filme rebobinado em sentido inverso).
Nós por Cá gostavamos de saber em quanto orça ( orça??? ena que palavra tão feia!!) o aluguer do espaço.
É que em tempo de austeridade ficava bem a um homem que apregoa a sua frugalidade aos sete ventos ter-se abstido de tal despesa. Assim como assim já toda agente sabia!

O professor Marcelo é uma língua de trapos!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

RETORNO ÀS MALAS DE CARTÃO




Os anos sessenta foram marcados pelo êxodo português para a França e a Alemanha. Já anteriormente, no período que se seguiu  ao fim da última guerra e antes disso na paz entre as duas, muitos foram os que rumaram em busca do El Dorado atravessando o oceano e aportando em terras do Brasil, Venezuela e Argentina.
As aldeias ficavam despovoadas de homens, entregues a mulheres, velhos e crianças.
Justificava-se essa emigração com o espectro das guerras, primeiro as que traziam a fome  vinda do lado de lá da fronteira, depois a outra, a que roubava vidas. Mas no fundo a razão ominipresente era essa necessidade de procurar fora o que aqui a Pátria negava: condições de vida e de trabalho condignas.

Pensávamos ter ultrapassado esses tempos. Pareciam-nos longínquos, parte da História.
Tornámo-nos até país de imigração, acolhendo primeiro gente vinda das nossas ex-colónias, abrindo depois os braços às vagas dos que fugiam das guerras a Leste para acabarmos por ser porto de acolhimento de todo o Mundo. Pagávamos desta maneira, uma dívida de acolhimento.

Hoje preparamos novamente as malas de cartão.
Não são já os altamente qualificados os que abandonam a ditosa Pátria amada. Esses há muito se viram escorraçados, empurrados para lá das fronteiras que só deixaram de existir na forma da lei, para poderem fazer frutificar as suas capacidades. E fizeram-no brilhantemente. Portugal perdeu muitos dos seus cientistas, economistas, gestores, abrindo-se a outros vindos de países mais deprimidos e que aceitavam as precárias condições que lhes ofereciamos. No fundo trocámos os filhos por enteados por um punhado de moedas! Hipotecámos o futuro por um presente mais baratinho.
Agora serão os outros, os que da noite para o dia se vêm a braços com uma crise que se arrasta e os arrasta, sem que a entendam. Uma crise que parece não afectar todos mas que empurrará muitos para o êxodo forçado.
E mais uma vez se vende a Nação. De novo se hipoteca o futuro.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

IMPORTA-SE DE REPETIR???

Já só nos faltava esta! Agora somos ileterados financeiros!!! Coisa que até arrepia e parece assim doença grave!
Mas vamos lá ver: o que é isso de ileteracia financeira? Os portugueses sabem de economia e finanças qb para fazerem contas à vida e concluirem que o mês tem cada vez mais dias e o salário não estica.
Sabem que o cabaz fica mais leve e aprendem que o leite com chocolate é um artigo de luxo bem como as pastas dentífricas!Sabem que lhes acenaram com promessas de oásis a que nunca acederam, que os bombardearam com facilidades de crédito que lhes abria as portas a um nível de vida igual " ao lá de fora" e que se deixaram iludir comprando casas próprias, carros, viagens...
Depois da euforia do consumo, a factura bateu com  a força das tragédias.
Agora, ainda por cima, chamam-nos de ileteratos e apontam -nos a nossa falta de hábitos de poupança.
E envergonhados, sentindo-nos falsamente culpados, olhamos o rolar dos dias, sempre mais longos, mãos nos bolsos onde nada há para guardar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SEM PÉS NO ÍNDICO

... mas com a saudade que sempre fica agarrada a África!!

PÉS NO ÍNDICO -SEM LEGENDAS NEM COMENTÁRIOS










PÉS NO ÍNDICO - UMA VILA QUE JÁ FOI PERY

Para a maior parte dos que andaram por terras de Moçambique, Chimoio nada lhes diz. Para eles aquela terra donde sairam escorraçados, será para sempre Vila Pery e Manica.

Para eles sem comentáriso, ficam as imagens que guardei. Talvez lhes façam mal. Talvez lhes lave a alma. Talvez ( presunção minha) os ajude a fechar o livro de actas, terminar um capítulo, poder finalmente dizer FIM.
Para eles e sobretudo para o meu companheiro de vida que tão jovem conheceu a diáspora, para os pais que a meio das suas vidas se viram obrigados a começar de novo e para todos os retornados, um retorno a África:



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PÉS NO ÍNDICO - GORONGOSA E A MEMÓRIA DO ELEFANTE









A vida começa cedo em África e, surpreendentemente, desperta-me às cinco da manhã como se fossem dez!
O jantar, cerca das 19h, faz-me sempre pensar que estou a anos luz de casa. Mas depois a noite envolve-me e sou absorvida pela calma imensa da escuridão que me embala. O silêncio é, enganadoramente total mas leve. Há um fervilhar de vida em cada palmo de terra.
Decididamente os grandes animais não estão aqui para serem vistos! Durante dois dias perseguimos rastos tão frescos que deixavam no ar o odor acre que os denunciava, vimos-lhes o trajecto nas árvores tombadas, os galhos partidos, mas nem vislumbre sequer.

À noite em conversa com o responsável pela reserva, a explicação: Os animais têm memória sim! E esta reporta-os para os dias tenebrosos da caça desenfreada da guerra civil. Durante esse tempo manadas e manadas foram dizimadas pela fome e pela ganância do lucro fácil em peles e marfim.
Por isso os grandes animais, os chamados big five - o elefante, o leão, o hipopótamo, o rinoceronte, o búfalo- porque vivem mais anos, relembram esses tempos e fogem ao minimo contacto humano.

Em contrapartida a Gorongosa presenteia-nos com uma multiplicidade de aves de todas as cores e tamanhos por entre uma vegetação tão luxuriante como diversificada! É a selva dos nossos sonhos de infância!
Macacos que saltam de ramo em ramo guinchando, pegando em crias, olhando-nos com um ar quase humano. Facoceiros! Centenas de inefáveis, incontornáveis, inevitáveis, facoceiros, de focinho quase pré-histórico donde brotam duas presas pequenas mas que até à distância não deixam dúvidas quanto à sua essência afiada como facas.A franja sobre o dorso, ondula a cada movimento e a cauda ergue-se numa estranha forma de provocação quando fogem. Parecem javalis e há-os por todos os lados.
"Empapala" - aponta o guia.
Ok! De cada vez que se avista aquilo que para mim parece uma corça ou um veado  lá vem a resposta - empapala!- com os "as" muito abertos. Estou em crer que mais que o nome do animal é uma forma de me chamar ignorante.
E porque carga de água hão-de os bichos de ter nome??

Enormes, assustadoramente enormes, pesados, parecem rochas . Apenas as longas caudas dentadas e os movimentos enganadoramente lentos os denunciam. São dezenas de crocodilos aquecendo-se ao sol. Possuem uma ligeireza impressionante num animal tão pesado e a forma harmoniosa como entram na água atrai-me e fascina-me.

Uma nuvem de asas que aterra quse em uníssono, faz-nos atever uma cena  que podia ser macabra se não soubessemos que aqui impera  a lei da sobrevivência. Um bando de abutres e urubus, banqueteia-se com uma carcaça de .... empapala sem dúvida!
Deixam-nos aproximar. Sabem que não são presa para nós e nem tão pouco iremos disputar a sua.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PÉS NO ÍNDICO - QUELIMANE OU O QUE RESTA DO BRILHO COLONIAL.

Pronto, agora sim! Chegámos ao que resta do Portugal colonial.
a cidade conserva ainda um encanto na decadência em que a deixaram a guerra e a falta de tudo o que consideramos essencial.
Ora aqui está uma palavra que ganha contornos novos em África ! O que é essencial? Nós os europeus, colocámos o essencial um patamar abaixo do superfluo e por isso é-me dificile de entender este despojamento.

A vida em Quelimane continua mansa, agradável, cheia de luz. Talvez se deva aos Bons Sinais do rio, quem sabe?
A decrepitude não lhe retirou completamente o charme de outrora.
Aqui e ali pequenos redutos que nos transportam a um outro tempo, que, mesmo para mim que não o posso recordar, se adivinha, se intiu, se cheira e me enche de nostalgia dum tempo que nao vivi.


Crianças no recreio da escola. Iguais em todo o lado independentemente de cores ou credos
A Piscina. Local de encontro de gerações

O sete de Setembro apanha-me nesta cidade. A alegria é contagiante.
Na praça do Municipio, depois do comício , grupos de mulheres dançam ao som dos batuques que os homens fazem falar com um ritmo próprio.
Os instrumentos são diversos: Xilofonesfeitos de madeira, castanholas de duas tábuas, uma corneta indescritivel...há até um artefacto, espécie de "one man band", no qual consigo distinguir uma enorme roda de ferro que, muito provavelmente, já esteve ao serviço de algum poço.
As capulanas enchem o recinto de cores .
São várias as Shakiras que se bamboleiam em movimentos de cobra, ritmados, naturais, inatos.
Única branca num mar negro não passo despercebida. E, como se não houvesse cor de pele e a história que hoje se comemora não tivese por detrás ódios e mortes, sou arrastada para a dança. Abraçada a uma velha negra, imito-lhe com dificuldade o meneio das ancas e deixo-me levar pelo calor africano, que, mais que externo, corre nas veias desta gente.

A  catedral nova
Vista do hotel Chuabo sobre o rio dos Bons Sinais
A velha catedral

terça-feira, 28 de setembro de 2010

PÉS NO ÍNDICO - MULHERES D'ÁFRICA

Mulher será sempre mulher! No que há de melhor e pior da condição.
Aqui, onde a maior parte nunca ouviu falar de igualdade ou feminismo, são  - também!-as mulheres quem mantem coeso o tecido social.
Sem perderem a feminilidade, foram elas que, de facto, ganharam a guerra e conquistaram a paz


A ELAS!!
Sábado é dia de barrela!!
Quilometros pela estrada fora transportam à cabeça, no ombro ou à cintura, todo o seu mundo
Mulheres que escolhem colocar-se ao serviço d'outras mulheres!

As compras! Sempre as compras! Só uma mulher para entender esta forma de socializar!

Mulher será sempre mulher. Dengosa, vaidosa amando-se. Mulher Macua com máscara de Mussiro. Um verdadeiro milagre para a pele!!




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PÉS NO ÍNDICO - MAS SEM GIN NA MÃO

À distância de dias  que me pareciam imensos, antes de férias, o sonho traduzia-se nisto mesmo: Pés no Índico e copo de gin na mão. Como "decor" uma praia a perder de vista Mas nem o sonho mais sonhado se assemelhou, de longe ou de perto, a este pedaço do paraíso.
Praia das Xocas. Aqui fica um pedaço de azul e mar para sonhar neste inicio de Outono.